quinta-feira, 24 de outubro de 2013

William Harvey simula 33 problemas cardíacos

Um boneco importado dos EUA, apelidado pelos alunos de William Harvey (nome de um dos principais estudiosos do sistema circulatório humano) têm como objetivo preparar o aluno para diagnosticar doenças raras. Avaliado em US$ 50 mil, o boneco é capaz de simular situações que desafiam o conhecimento do estudante. Através do som e das batidas do coração, do comportamento das artérias e pulsos, o aluno consegue ter um diagnóstico completo de problemas, inclusive raros, como o sopro, uma indicação para doenças como das válvulas cardíacas.

Para o professor de medicina e coordenador do laboratório de simulação da USP, Antonio Pazin Filho, o uso do boneco proporciona a possibilidade de diferenciar características sutis entre uma doença e outra. "Consigo mostrar uma série de sinais que às vezes o aluno não teria condições de ver, porque são doenças muito raras. Posso modificar diversas doenças, mostrando o que é o normal, o que é diferente, por que está diferente, enquanto ele examina a pessoa", diz. 

A diferença entre "Willian Harvey" e os demais simuladores cardíacos já existentes está no conjunto de sinais que o modelo expõe ao aluno, segundo Pazin Filho. "Temos simuladores de menor complexidade. Aqui o som é sincronizado com todos os sinais físicos que o boneco pode apresentar, como pulsação, desvio da ponta do coração, pressão arterial. O aluno junta tudo isso e tenta fazer o diagnóstico. Pegamos o que o doente conta para nós, que são os sintomas, com o que a gente examina, a que chamamos de sinal. O conjunto nos dá uma síndrome, que é um jeito de estreitarmos a gama de doenças que a pessoa pode ter."

Assista aqui o vídeo da reportagem veiculada na EPTV



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