quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mulheres na Pesquisa Científica Mundial

Um estudo realizado por um grupo de pesquisa sediado na Universidade de Washington, Estados Unidos, indica que a participação de mulheres na publicação de artigos científicos está crescendo em praticamente todas as áreas do conhecimento no mundo, mas o aumento da presença feminina tem menos fôlego quando se analisam em separado os artigos com um único autor, aqueles que resultam do esforço individual de um pesquisador, e também nos artigos com vários autores,  há menos mulheres na posição de autor principal.

O estudo debruçou-se sobre o acervo de um repositório digital que contém mais de 1.900 periódicos de vários países publicados nos últimos quatro séculos, o Jstor (acrônimo para Journal Storage). As mulheres representam 21,9% de todos os autores identificados na base Jstor. Mas entre os papers com um único autor 17% foram elaborados por mulheres e 83% por homens. 

A posição ocupada por mulheres na lista de coautores de artigos escritos por várias pessoas recebeu atenção especial no estudo. Constatou-se que, em muitas áreas, elas estão sub-representadas tanto na primeira posição da lista, que em geral indica o autor principal, quanto na última, usualmente reservada para o orientador ou coordenador do grupo de pesquisa. No caso da biologia molecular e celular, por exemplo, a participação da mulher como autora principal ou única do artigo foi de 15,8% entre 1665 e 2010 – diante de 26,7% de participação feminina sem levar em conta a posição.

O estudo da Universidade de Washington apresenta um panorama da publicação científica, mas não esmiúça as diferenças entre países. No Japão, por exemplo, as mulheres compunham apenas 11,1% da força de trabalho acadêmica do país em 2004, enquanto Portugal apresentava uma taxa de 40%, segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, a situação é considerada mais favorável na comparação com outros países. “Aqui, a entrada de mulheres é cada vez maior em todos os níveis acadêmicos”, diz Jacqueline Leta, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estudiosa das questões de gênero na ciência. 


Leia o artigo na íntegra:




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